terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Batatas

O Amor não precisa palavras,
Precisa gestos.
Precisa juntar os restos e montar de novo
Quando algum precisa de um consolo.
Batatas
Meu caros Srs. franceses;
O que temos
São batatas...

                                   Alexx Albert

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O Já Passado

Sei que este Senhor é velho
E precisamos um teto para abrigá-lo
Sei que ele às vezes demora
Outras vezes vai tão depressa
Que nem presta lembrar dos momentos
Que ousamos tentar domá-lo

Sei que é bom deixá-lo ir embora
Sei que é bom deixá-lo.
Sei que é bom
Embora inevitável
Não pesar os seus ponteiros
Nem o já passado...



                         Alexx Albert

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ardente Urbe

O coração está em frangalhos
Nessa urbe de tarados
E a vida é tão corrida
Complicada
Que há momentos em que se tira a paciência do caminho
E se afoga 
Em uma ardente água!

                                        Alexx Albert

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Amor Incerto

Quero tudo Lindo
Tudo indo pro lugar Certo
Tudo na medida de um Banho e Janta
E esperar na Cama
O caminho de um Carinho Erótico
Ou de um Amor Incerto

                                   Alexx Albert

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Mesmo Louca

Ultimamente a vida tem vivido por mim
Ela comenta a minha fome
Pra me lembrar que quem tem fome come
Ela anda vivendo por instintos
Fechando ou abrindo os ciclos
E anda louca por algum motivo
de desabrochar os desvairados e os seus motivos
De fazer coisas sem equilíbrio e chamarmos elas de Ana
Embora deveria ser Maria Primeiro
Afinal de contas, essa Ana é louca Mesmo!

                                                         Alexx Albert

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Mundos

As meninas Ruivas
Soltas nas ruas
Nas palavras nuas e enrustidas
Estão escondidas em métricas intrometidas
Na minha querida terra Sulista!
Nos meus olhos, 
Na imaginação dessas palavras
Como se fossem canção
Formam poemas 
Na esfera de um coração
Com palavras que admiram
Seu mundo plácido 
E seu mundo cão!

                       à Jeanne Geyer e Meri Pellens
                               Alexx Albert

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O ofício

Aqueça seu corpo para encostar no meu,
Aqueça sua voz para falar em meu ouvido que ecoa,
Traga seus livros e me mostre um novo caminho.
Eu abro meus olhos pela cortina
E a boca é sua:
-Solte seu texto, mostre o ofício!

                                         Alexx Albert

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Campeiro

ainda pequeno em viola era menino.
ainda pequenos os dedos nas dez, doze ou seis cordas.
ainda pequeno o inteiro fruto de ouvido ligeiro;
absoluto é hoje,
é isso,
infrutescência de um talento nato, coeso,
um violonista,
um violeiro,
um homem simples,
campeiro...

                                  Alexx Albert

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

VER II

não espero um terno
ou um pé perfeito
não espero o tempo que for preciso por um beijo
as  vezes o tempo cansa
faz cansar a esperança
desapaixona a lembrança quase esquecida
esqueço-me quase que por completo do cheiro
e nem me lembro da dor fulminante antes sofrida
ela vai assim tao leve
dissolvida
me traga seu cheiro novamente
me faça algo que me contente
o toque todo 
em todas as partes
desse corpo ardente...

                            Alexx Albert

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Árvore Humana

Que a esperança sobressaia da raiz,
Que seja seiva
E tenha força bruta
Para alimentar o tronco
E que deixe expelir pelos cabelos,
Coroa,
Toda a forca de sua essência
Em sementes de chia, papoula
E nos traga ar a Clorofila 
Para uma nova mudança
E que a chuva
Seja alegria e dança...

                                                  Alexx Albert