sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Uma Semana


Faz de Conta
Que essa Doce Lembrança
Não me esteja cortando.
Que esse choro, esse pranto,
Faz de conta seja Alegria,
Que o que eu sempre Queria
Achei nas Suas Palavras sem Rima,
Na breve Relação de Prosa e Poesia
Que a gente Fez em Tão Rápida Agonia.

De ter Desavença antes de Amor,
E Ter no Teu sorriso o Fulgor
Que desabrocha o meu Sorriso
E que Mostra o Caminho do Paraíso
Aqui Mesmo na Terra,
Aqui mesmo onde o tempo Leva
E concreta a Clara Visão de que Eras
Para Mim, Sempre a beleza Terna.

Porque Foste Tu a minha melhor Semana,
Porque foste Tu o curto tormento,
O breve Sentimento Que Paira Até Hoje
Abrupto e Repente.
Prodigiosamente posta na Semana
Onde tudo Passou
Menos os Arranhões nas Minhas Costas.

                                                Alexx Albert

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Para Doar

Meu único arrependimento
é não ter te apresentado à praia
te mostrado a realidade do infinito
que se chama mar,
e só assim você saberia,
tal qual o mar,
o meu sentimento é grandioso
e mesmo que infinito
pode-se chegar a lugares lindos
num horizonte infindo
num por-do-sol sem riscos

domingo, 7 de agosto de 2011

Sem janelas


Não se vê a hora,
De teus belos lábios e teu adorados caninos
Morderem meus lábios ávidos
E num envolto ancorado abraço
Esse beijo enlaçado
Despontar-se em luz de minh'alma
Holofote do farol nas águas
Desse beijo em eternidade...

Aí digo em contorno sugestivo
Que és o ar e eu cata-vento,
Que eu preciso do seu movimento
Pr'eu poder girar e completar a volta
Até a próxima dose oscular

À qual eu poderia dissertar
eu poderia discernir
De qualquer outro beijo,
Que, maduro ou em fase de crescimento,
Viesse acometer minha boca
Em busca de almejo,
Em busca de sexo,
Em busca de qualquer contentamento
Que não sei porque em mim, se encontra anexo

E no meio dessa reflexão,
Desse turbilhão de ideais e idéias
Outro beijo rouba o pensamento.
Idiota de ficar pensando:
Por que penso?
Se em quinze ou dez segundos o beijo leva
Toda a inteligencia pr'um cantinho fraco,
Sem coragem
E sem Janelas...

                                                                                  Alexx Albert

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Artista Mundano





















Talvez se eu te Pegasse por aí
Passaria adiante
Tomaria Conta apenas da Cama,
Da Cana, da Conta
De domar a Libido
E Largar aos Mosquitos
O que Restou do Meu Circo.

E Eu, Torcendo ao Ofício,
Riso por Riso,
Passaria despercebido pela Perfeição
Dos teus Pés, do teu Corpo,
E queimaria de Novo
a Garganta em Cana
Como o Riso, Pouco por pouco.

E Calando por mais um Partir,
Eu fosse só, Talvez.
Ate que a Tenda desarmasse,
E Eu ficasse só em Maquilagem
Derretida e Engraçada,
Até que eu Lembrasse da Risada,
O Quão Verdadeira, Pude Dar.

                                       Alexx Albert