domingo, 7 de agosto de 2011

Sem janelas


Não se vê a hora,
De teus belos lábios e teu adorados caninos
Morderem meus lábios ávidos
E num envolto ancorado abraço
Esse beijo enlaçado
Despontar-se em luz de minh'alma
Holofote do farol nas águas
Desse beijo em eternidade...

Aí digo em contorno sugestivo
Que és o ar e eu cata-vento,
Que eu preciso do seu movimento
Pr'eu poder girar e completar a volta
Até a próxima dose oscular

À qual eu poderia dissertar
eu poderia discernir
De qualquer outro beijo,
Que, maduro ou em fase de crescimento,
Viesse acometer minha boca
Em busca de almejo,
Em busca de sexo,
Em busca de qualquer contentamento
Que não sei porque em mim, se encontra anexo

E no meio dessa reflexão,
Desse turbilhão de ideais e idéias
Outro beijo rouba o pensamento.
Idiota de ficar pensando:
Por que penso?
Se em quinze ou dez segundos o beijo leva
Toda a inteligencia pr'um cantinho fraco,
Sem coragem
E sem Janelas...

                                                                                  Alexx Albert

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