eu saí do meu apartamento de numero oito aquela manhã
e corri até o cinco...
eu precisava de carinho, conversa, amigos
eu precisava companhia pra dividir a Dor
e aflito, toquei a campainha...
Abriu-me a Porta uma senhora de fisionomia fria,
Abriu-me com o olhar doído,
Abriu-me.
Eu só queria a poesia, a doçura,
os bibelôs nas paredes, as pratarias,
os vasos, o lenço na cabeça,
os quadros,a namoradeira,
a cortina de treliças,
eu queria lhe contar da minha vida!!!
Pedi:
-Você Teria açúcar por favor???
E num Torpor ardente a Porta se fechou
como se o vento a Batesse em corrente...
Restavam 3 ou 4 dos vizinhos mais chegados,
e um deles era o 16!!!
Pois como se eu virando as costas à porta
que acabara de me calar na cara,
pensei duas vezes, talvez, se deveria ir...
Fui.
Um Tal cheio de pelos e sensos me recebeu à porta
e eu pensei: deves ser outro!!!
Conferi o numero do antegosto
e percebi que era o mesmo...
ele tinha uma mancha na pele,
ele era nojento,
e era como se eu tivesse chegado naquela porta a esmo
e como eu perdi o pedido pela língua,
ela calou minha poesia
sem tempo de eu abrir a boca
e o açúcar ficou a toa!!!
eu já não penso nada,
eu desisto as outras portas,
eu fujo no corredor,
tropeço na escada da raiva
e subo...
a consciência grita por mim e eu grito por vocês :
onde foram parar as doçuras?
onde estão as cocadas dos bípedes?
onde eu carrego a energia positiva de q eu preciso?
A minha caneca voltou vazia...foi isso..
eu cheguei em casa sem falar com ninguém,
e já era a última coisa que eu queria...
que se ferre essa poesia!!!
e eu bato a porta,
fecho as cortinas,
e a campainha toca...
eu vou até lá,
abro a porta e sinceramente confesso em fé
que o meu açúcar derreteu na vida
nessa casa só se tem café de agora em diante,
e eu acho que botei pó demais nessa manhã,
ta tudo amargo.
e não me custa beber todo o frasco
da minha dor,do que eu quiser
e do Meu próprio café passado...
Alexx Albert
Muito bom, texto açucarado!
ResponderExcluir